O PIRLS existe desde 2001 e, ao lado do Pisa (Programme for International Student Assessment) e do TIMSS (Trends in Internacional Mathematics and Science Study), é considerado um dos mais importantes medidores da qualidade da educação entre os países. 65273b

Até agora, o Brasil participa apenas do Pisa. Em sua última edição, no Pisa de 2015, os estudantes brasileiros ficaram entre os piores do mundo – nas disciplinas de matemática, leitura e ciências – entre 72 nações ou economias. O Pisa avalia estudantes de 15 anos, a cada três anos.

O objetivo de avaliar os alunos em exames como o Pisa ou o PIRLS é, além de comparar quais sistemas de ensino têm sido mais eficazes, compartilhar boas práticas entre os países. As avaliações também ajudam a decidir onde alocar recursos, de acordo com a maior necessidade dos alunos.

Leia também: Aluno “empoderado” com professor “coach” tem pior desempenho escolar

E também: Aprender a ler não é um jogo de adivinhação. E o Brasil parece não saber disso

Críticas a exames internacionais 5p5i66

A eficácia das avaliações internacionais têm suscitado discussões em todo o mundo. Alguns acreditam que esses exames podem levar a conclusões simplistas sobre os sistemas de educação, por vários fatores: diferentes currículos, variados perfis econômicos, a tradução das questões que nem sempre levam em conta questões culturais locais, etc.

Os grandes críticos das avaliações internacionais são os sindicatos de professores de diversos países que temem que a culpa de desempenhos ruins seja colocada sobre os educadores. Na América Latina, a Rede Sepa (Rede Social para a Educação Pública nas Américas) publicou um manifesto contra testes padronizados.

Em relação ao Pisa, há descontentes com as avaliações internacionais também entre os críticos ao construtivismo. Algumas das questões adotadas em matemática, por exemplo, valorizam a chamada “Matemática Realística” (Real Mathematics Education), menos abstrata, que valoriza a resolução de problemas concretos da sociedade. Nesse sentido, o PIRLS é considerado uma avaliação tradicional, focada mais em técnicas de ensino do que em abordagens gerais de como as crianças devem aprender.